Desde pequeno eu vou para a casa do meu avô no Espirito Santo. Interior, serra, muitos pés de laranja (antigamente era assim, agora não tem mais nada pq "a modernidade" chegou). Eu lembro de várias vezes em que, junto com meus primos, pais, avós, tios e quem mais estivesse por lá, sentamos embaixo de uma grande laranjeira, alguns subiam na árvore e iam jogando as laranjas lá pra baixo. Em poucos minutos 2 baldes já estavam cheios e cada um munido de sua faca (os menores ganhando as laranjas já descascadas e cortadas pelos maiores) ficavamos ali, passando a tarde chupando laranja e conversando abobrinhas.
Pois bem, aonde eu quero chegar... Isso era na roça. As cascas a gente até guardava pra jogar fora (ou queimar, ou fazer um grande monte de decompostagem pra virar adubo, que seja) mas as sementes eram cuspidas/jogadas/largadas ali mesmo, no chão. Agora pergunte-me quantos pés de laranja nasceram por alí oriundos de uma semente cuspida que germinou. Justamente... nenhuma.
Quando eu estava em casa aqui em Niterói, tinha laranjas tb. Compradas no mercado, nunca tão gostosas quanto as da roça. E eu fazia o meu "ritual" de descascar a laranja, juntar os caroços e jogar tudo na lixeirinha, pq eu não posso ficar cuspindo semente pra tudo quanto é lado dentro do apartamento. Eu não me lembro de alguma professora do primário pedir pra fazermos a experiencia do copinho de iogurte com algodão utilizando uma semente de laranja. Era sempre o maldito feijão, que crescia, dava 2 folhinhas, depois mais duas, depois o corpo do feijao caía e ele crescia mais um pouco, e eventualmente morria, pq a tia do colégio pedia pra fazer o experimento por um mês e relatar o crescimento, e depois desse prazo eu sempre parava de cuidar... Uma vez eu botei uma semente de laranja, e adivinhem???? Ela NÃO cresceu... nem se mexeu.
Donde se tira a conclusão de que laranjeiras só se multiplicam por mudas. E ponto final
[Ouvindo: I'm So Bored With The U.S.A. - The Clash - The Clash (2:25)]
Nenhum comentário:
Postar um comentário