O TRE do do Rio de Janeiro entrou em um acordo com os partidos políticos. Eleições limpas, eles pedem. Nada de cartazes, faixas, galhardetes e panfletos pelas ruas, sem a poluição visual que é característica de todas as eleições anteriores. A disputa por um local privilegiado nos postes não está acontecendo. Para a cidade só existe benefícios: menos lixo no fim das eleições, menos problemas, menos brigas (sim, brigas. Já vi cabos eleitorais brigando porque um arrancou um cartaz do outro candidato).
Ha 2 semanas atrás eu estava em Salvador. O prazo para as propagandas havia começado uns 3 dias antes e a cidade já estava cheia de faixas nos viadutos e elevados, alguns postes já estavam ocupados, outdoors exibindo números de 5 letras que são mais importantes do que o nome do candidato. O que espanta, no entanto, é a propaganda, no rádio e na televisão, do Kit Político. Uma empresa recebia o dinheiro do político, tirava algumas fotos com ele e o resto era tudo feito, de acordo com o que o dinheiro do candidato possa pagar. Toda essa propaganda de rua era feita e afixada/distribuída pela cidade sem que o candidato precise se preocupar com nada, só a conta no fim do mês.
Aqui no Rio eu esperava encontrar isso também. Não encontrei, mas nem tudo são flores. A poluição política continua, com os carros de som repetindo as mesmas musiquinhas de rima fácil, normalmente um sambinha maroto, exaltando a pessoa que carrega como marca os números que devemos digitar na maquininha em outubro. Isso não é poluição também? O TRE não devia ter feito o acordo envolvendo a saúde dos nossos ouvidos também?
Enquanto isso, eu fico aqui aumentando o som das minhas músicas preferidas quando os carros de som ficam tentando me vender um produto que eu não quero, não gosto, não confio, achando que pode me convencer através da insistência.
E com certeza eu ainda vou falar de eleições nos próximos meses.
- Tá bem, tá bem... eu voto no seu candidato se você nunca mais tocar essa musica
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