21 novembro 2006

Gaivotas

Uma gaivota voa no céu de fim de tarde. O vento é forte, ar úmido, ameaça de chuva. Ela bate as asas vigorosamente contra o vento tempestuoso, praticamente sem sair do lugar. Não está procurando alimento, pois não desce nenhuma vez até a superfície para tentar apanhar uma presa. Apenas fica lá, insistentemente lutando contra o vento sem sair do lugar. E em um instante se solta, paira no ar e deixa o ar marinho carrega-la para longe. Eu só tenho uma explicação: a gaivota tem plena consciência de que a habilidade de voar é única, e aproveita o momento, voando por prazer. Puro prazer.

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